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sexta-feira, 31 de julho de 2009

ESTUDANDO A BIBLIA


Uma das condições para estudar a Bíblia com o máximo de proveito é estudá-la como a Palavra de Deus. O apóstolo Paulo, ao escrever aos tessalonicenses, dava graças incessantes a Deus por eles terem recebido a palavra anunciada “não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus” (1 Ts 2.13).

Aquele que não crê que a Bíblia é a Palavra de Deus deve ser encorajado a estudá-la. Anteriormente eu também duvidava que fosse a Palavra de Deus, mas hoje a firme confiança que tenho veio mais do estudo da própria Bíblia do que de qualquer outra fonte. Aqueles que duvidam são geral­mente os que estudam sobre a Bíblia e não os que investigam e buscam dentro dos prprios ensina­mentos da Bíblia.

Estudar a Bíblia como Palavra de Deus envolve quatro coisas:

1. Envolve a aceitação incondicional dos seus ensinamentos, assim que forem claramente descobertos, mesmo que pareçam ser irrazoáveis ou impossíveis. A razão exige que submetamos nosso juízo e raciocínio às declarações da sabedoria infinita. Nada é mais irracional que o racionalismo que faz da sabedoria finita o teste para avaliar a sabedoria infinita; e que submete os ensinamentos da onisciência de Deus à aprovação do juízo humano. A mente presunçosa diz: “Isto não pode ser verdade, mesmo que Deus o tenha dito, pois não é aprovado por minha razão”. “Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?!” (Rm 9.20).

A verdadeira sabedoria humana, ao encontrar-se com a sabedoria infinita, curva-se diante dela e diz: “Fale o que quiser e acreditarei”. Uma vez formos convencidos de que a Bíblia é a Palavra de Deus, seus ensinamentos terão de ser o fim de toda controvérsia e discussão. Um “Assim diz o Senhor” resolve toda questão. Entretanto, muitos que afirmam acreditar que a Bíblia é a Palavra de Deus balan­çam a cabeça e dizem: “Sim, mas eu acho assim e assim”; ou “Doutor fulano, ou Professor beltrano, ou nossa igreja ensina de outra maneira”. Nesta base, há pouco proveito para o estudo da Bíblia.

2. Estudar a Bíblia como Palavra de Deus envolve total confiança em todas suas promes­sas, em toda sua extensão e abrangência. A pessoa que estuda a Bíblia como Palavra de Deus não descontará uma vírgula de qualquer uma de suas promessas. Ele dirá: “O Deus que não pode mentir prometeu”, e não tentará fazer Deus de mentiroso, fazendo com que sua palavra signifique menos do que de fato está dizendo. Aquele que estuda a Bíblia como a Palavra de Deus estará sempre à procura das suas promessas. Ao encontrar uma, procurará verificar seu verdadeiro significado, e então colocará sua confiança total no que ela diz.

Este é um dos segredos do estudo proveitoso da Bíblia. Procure por promessas, e apro­prie-se delas o mais rápido que puder, preenchendo as condições e arriscando tudo por elas. É assim que se toma posse de toda a plenitude da bênção de Deus. Esta é a chave a todos os tesouros da graça de Deus. Feliz é o homem que aprendeu a estudar a Bíblia de tal forma que está pronto para apropriar para sua vida cada promessa que encontra, e a arriscar tudo para confiar nela.

3. Estudar a Bíblia como Palavra de Deus envolve obediência imediata a todos os seus princípios. Obediência pode parecer algo duro e impossível; mas Deus a ordenou, e nada temos a fazer, senão obedecer e deixar os resultados com ele. Para ter proveito no seu estudo da Bíblia, decida que de hoje em diante se apropriará de cada promessa que lhe for revelada, e que obedecerá a cada ordem clara. Se o significado da promessa ou da ordem não for claro, procure esclarecimento e luz para en­tender.

4. Estudar a Bíblia como Palavra de Deus envolve estudá-la como se estivesse na pre­sença de Deus. Quando lê um versículo da Escritura, ouça a voz do Deus vivo falando diretamente a você naquelas palavras escritas. Há um novo poder e uma nova atração na Bíblia quando se aprende a ouvir uma pessoa viva e presente – Deus, nosso Pai – conversando diretamente consigo naquelas pala­vras.

Uma das afirmações mais fascinantes e inspiradoras na Bíblia é: “Andou Enoque com Deus...” (Gn 5.24). Podemos ter a gloriosa companhia de Deus a qualquer momento, simplesmente abrindo sua Palavra, e deixando o Deus vivo e sempre presente falar conosco através dela. Que reve­rência santa, que alegria estranha e inexprimível, se sentirá quando se estuda a Bíblia desta maneira! É o céu descendo para a terra.

A Chave do Entendimento

Outra condição para o estudo bíblico proveitoso é uma atitude de oração. O salmista orou: “Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei” (Sl 119.18). Todo aquele que desejar um estudo proveitoso deve oferecer uma oração semelhante cada vez que começar a estu­dar a Palavra. Poucas chaves poderão abrir muitos “cofres” trancados cheios de tesouros. Poucas pis­tas poderão levar à solução de muitos enigmas. Poucos microscópios desvendem muitas maravilhas escondidas dos olhos do observador comum. Quanta luz nova brilha a partir de um texto conhecido quando se dobra o joelho colocando o texto diante dele em oração!

Eu acredito que se deve estudar a Bíblia freqüentemente de joelhos. Quando se lê um livro inteiro de joelhos – o que pode ser feito sem dificuldade alguma – aquele livro assume um novo signifi­cado e se torna um novo livro. Nunca se deve abrir a Bíblia sem pelo menos elevar seu coração em oração silenciosa, pedindo que a interprete e que ilumine suas páginas com a luz do seu Espírito. É um raro privilégio estudar qualquer livro sob a orientação imediata e a instrução do seu autor; no entanto este privilégio é de todos nós quando estudamos a Bíblia.

Quando chegar a uma passagem de difícil compreensão, ou difícil interpretação, ao invés de desistir, ou de correr para algum conhecido erudito, ou para algum comentário, coloque a passagem diante de Deus e peça-lhe para explicá-la. Clame baseado na promessa: “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando...” (Tg 1.5-6).

Harry Morehouse, um destacado estudioso da Bíblia, dizia que quando encontrava uma passagem da Bíblia que não conseguia compreender, buscava por uma outra passagem que pudesse iluminá-la, e colocava-a diante de Deus em oração. Afirmou que nunca encontrou uma passagem que resistisse a este tratamento.

Alguns anos atrás, viajei pela Suíça com um amigo, e visitamos algumas das famosas ca­vernas zoolíticas que existem ali. Um dia fomos convidados para ver uma caverna de rara beleza e inte­resse, longe das trilhas turísticas mais conhecidas. O guia nos conduziu através de matas e arbustos à entrada da caverna.

Quando entramos, tudo estava escuro e escabroso. O guia fez uma longa exposição sobre a beleza da caverna, contando sobre os altares e formações fantásticas; no entanto, não podíamos ver absolutamente nada. De vez em quando, dava uma advertência para tomarmos cuidado, pois próximo aos nossos pés estava um abismo cujo fundo nunca fora alcançado. Começamos a temer que fôssemos os primeiros a descobrir aquele fundo.

Não havia nada de agradável em tudo isso. Mas logo acendeu-se um lume de magnésio, e tudo se transformou. Estalagmites subiam do solo para se encontrar com as estalactites que desciam do teto. O grande altar da natureza que a imaginação primitiva atribuía à habilidade dos religiosos da anti­güidade, e as belas e fantásticas formações minerais por todos os lados, reluziam juntos com beleza mágica sob o reflexo da luz.

Comparei muitas vezes esta experiência a uma passagem das Escrituras. Os outros podem descrever sua beleza, mas você não a enxerga. Parece-lhe até escura, intricada, ameaçadora e peri­gosa; entretanto, quando a própria luz de Deus é acesa ali pela oração, tudo se transforma num ins­tante. Vê-se uma beleza que linguagem não pode expressar. Somente aqueles que puderam estar ali naquela mesma luz podem apreciá-la.

Quem quiser compreender e amar sua Bíblia precisa estar em muita oração. Oração con­seguirá mais do que uma formação universitária para fazer da Bíblia um livro aberto e glorioso.

Extraído de How to Study the Bible (Como Estudar a Bíblia) por R. A. Torrey.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

A ARMADURA DE DEUS

O grande tema da carta do apóstolo Paulo aos Efésios é o propósito de Deus de estabelecer e completar o Seu corpo, a igreja de Cristo.

Ele inicia explicando sobre:

· a nossa posição em Cristo;

· o que acontece quando recebemos nossa nova vida em Cristo;

· sobre si mesmo como apóstolo, e,

· faz uma oração por nós.

Depois ele passa a esclarecer sobre o corpo de Cristo, a unidade da Igreja, em como deve ser o nosso novo proceder.

A partir de então, Paulo mostra como deve ser a vida em comunidade, a comunidade cristã, e vários deveres dentro do lar, ou seja, a subordinação mútua de todos na família cristã.

· deveres do casal;

· deveres dos pais;

· deveres dos filhos;

· deveres dos empregados;

· deveres dos patrões.

No final, um conselho, quase uma ordem, ou seja, um dever sobre usar a armadura de Deus.

Porque será que o apóstolo Paulo, que vem falando de coisas peculiares `a vida cristã no lar e na Igreja, termina com uma vestimenta tipicamente militar?

A proteção aos crentes

Em Efésios 6:10 a 20, temos a convocação para buscarmos poder espiritual, o poder de Deus, e nos revestirmos de Sua armadura.

(vrs 10) – fortaleçam-se no Senhor e no Seu poder

(vrs 11) – vistam toda a armadura de Deus

(vrs 13) – vistam toda a armadura de Deus

(vrs 14) – mantenham-se firmes:

· (14) cingindo-se

· (14) vestindo

· (15) tendo os pés calçados

· (16) usem o escudo

· (17) usem o capacete

· (17) e a espada

· (18) orem tendo em mente...

· (19) orem também por mim para que, permanecendo n’Ele, eu fale com coragem, como me cumpre fazer.

Esse poder nos é conferido através da influência e da operação do Espírito Santo; consequentemente, a busca pelo Senhor nos supre deste poder.

O poder é outorgado à alma, transformando-a segundo a imagem de Cristo (II Coríntios 3:18), assegurando a vitória do crente e a derrota dos poderes malignos que visam destruir a imagem de Cristo em nós. Trata-se da renovação da mente (Efésios 4:23) e do revestimento do novo homem (Efésios 4:24), que é ser cheio de Espírito Santo (Efésios 5:18). É como se Paulo tivesse dito: "Tornai-vos poderosos por esses meios".

Tal poder é de Deus e na Sua força obteremos a vitória.

Vitória contra quem? - Efésios 6: 10 a 12

Vitória usando o quê? - Efésios 6: 13 a 20

Assim como o poder é de Deus, também o é a armadura, que são as armas de ataque e de defesa, as quais que Ele nos confere para o combate contra os nossos inimigos - as hostes demoníacas de Satanás - sempre preparados para um combate mortal.

Essa armadura compõe-se da verdade, da retidão, do poder do Evangelho, da fé, dos poderes inerentes à salvação, da operação íntima do Espírito Santo, que nos conduz na direção de nossa herança, e também da Palavra de Deus, ou seja, Sua mensagem remidora e fortalecedora em Cristo, com as suas muitas provisões.

A armadura deve ser revestida, como um soldado se prepara para a batalha, equipando-se com as peças de proteção e de defesa de seu equipamento. As partes da armadura que, evidentemente, são apresentados na ordem em que os soldados se vestiam antigamente.

Armadura é tradução do termo grego panoplia, de onde vem o termo moderno panóplia, termo coletivo que significa armadura completa. Portanto, Paulo recomenda-nos aqui um completo condicionamento de profundo preparo espiritual, deficiente em absolutamente nada, dando a entender que um combate vitorioso não pode ocorrer, se nos contentarmos com algo menos que a armadura completa.

Tantos crentes mal-sucedidos, ilustram o fato de como não se equipam pessoalmente com todas as provisões Divinas que lhes são propiciadas, por motivo de preguiça, de indiferença, ou por não quererem reconhecer a seriedade da batalha e a força astuta do inimigo.

No grego original, o termo usado fala sobre a armadura do soldado pesadamente armado. Sim, um crente bem-sucedido deve ser pesadamente armado.

A armadura procede de Deus; naturalmente que essa armadura pertence a Ele, e a Ele cabe dá-la, pois Ele é o padrão supremos das virtudes mencionadas, como a retidão, a verdade e a fé. Aquelas virtudes que nos conferem vitória sobre o pecado, bem como vitória no conflito cristão, só podem ser dadas pelo próprio Deus, portanto não são qualidades humanas.

A nossa parte deve ser a apropriação do poder de Deus, conforme o poder que está em Cristo, e devemos nos revestir da armadura completa de Deus vivendo pesadamente armado e pesadamente protegido.

A palavra luta, literalmente, disputa, mostra que nosso conflito contra o mal exige preparação, força e coragem. Tal palavra, no original, é usada exclusivamente neste texto, focalizando a intensidade do combate, e para que o soldado cristão saiba que deve buscar a preparação e a força necessária. A luta contra o mal, assim sendo, deve ser vista como uma batalha séria, em nada fácil. Talvez a derrota de tantos crentes, em suas vidas morais, se deva ao fato de não levarem muito a sério esse combate, mostrando-se por demais indisciplinados como soldados.

No grego, ciladas do diabo quer dizer: astúcias, planos, esquemas, e, numa linguagem militar, estratégias, mostrando que não se trata de uma cilada qualquer mas sim uma cilada bem preparada, elaborada de forma que sua aplicação obtenha profundidade no "estrago". Sua guerra é levada a efeito por um sistema estratégico, que procura tirar vantagem em cada oportunidade de ataque. Quando tal palavra se aplica a Satanás, sempre indica seus maus desígnios pois ele é o grande ludibriador, engodador, caluniador e nosso acusador. Estando Satanás no comando das forças malignas, é obvio que toda armadura espiritual é necessária para o crente, com toda a oração e súplica, para que as forças do mal sejam derrotadas. O fato de que tantos crentes são derrotados na peleja é prova de que não se tem dado a devida importância na preparação para a batalha espiritual, adquirindo a armadura espiritual necessária e completa; e nem oram com suficiente perseverança para que o diabo seja vencido.

As peças da armadura

Embora as armaduras gregas e romanas fossem diferentes entre si, provavelmente a armadura em questão seja a romana, mas num modelo mais antigo que o visto por Paulo. A armadura inteira consistia de escudo, espada, lança, capacete e armadura das pernas (que cobria as coxas até aos joelhos) e eram confeccionadas especialmente para o tamanho de cada soldado, ou seja, personalizada, sendo impossível trocar ou manusear perfeitamente a de outra pessoa.

Paulo era um homem intensamente viajado pelo império romano, tendo sido encarcerado e solto por muitas vezes, e estaria bem familiarizado com as armaduras de seu tempo. Na carta aos Efésios, o apóstolo acrescentou o cinturão e a espada em sua lista e, apesar desses dois objetos não fazerem parte das armaduras usadas no seu tempo, eram muito apropriados para o propósito de ilustrar o equipamento espiritual na derrota contra o mal.

Descrição das peças que compunham a armadura antiga usada na ilustração de Paulo.

Armas de defesa:

(vrs 17) – o capacete, que protegia a cabeça, era feito de várias formas e de vários metais, e enfeitado com grande variedade de figuras. Alguns capacetes possuíam uma crista, ou como ornamento ou com a finalidade de aterrorizar, com figuras de leões, corvos ou grifos, etc. Paulo faz o capacete representar a salvação.

(vrs 14) – o cinto, ou cinturão, era posto em torno da cintura, útil para apertar a armadura em volta do corpo, mas também para sustentar as adagas, as espadas curtas ou quaisquer outras armas que ali pudessem ser penduradas. Paulo faz do cinturão símbolo da verdade.

(vrs 14) – o peitoral, que consistia de duas partes, chamadas "asas". A primeira cobria a região inteira do peito, a parte frontal do tórax, protegendo os órgãos principais da vida; e a outra cobria uma parte das costas. Paulo faz isso representar a justiça.

As grevas, calçados como botas, protegiam do joelho para baixo.

O escudo, de vários tipos e várias formas, nos dias de Paulo haviam dois tipos que eram mais comuns, um deles chamava-se thureos, destinados para soldados pesadamente armados.

Armas de ataque:

A lança, usualmente de bronze ou de ferro, com uma longa haste de madeira dura.

O dardo, menor e mais leve que a lança, era atirado contra o inimigo ainda à distância.

A espada, que tinha várias formas e dimensões, eram feitas de vários tipos de metais. Esse é o símbolo usado por Paulo para indicar a presença do Espírito Santo.

Era costume, entre os antigos gregos e romanos, depois de se terem revestido de suas armaduras, comerem juntos e precederem o ataque com uma súplica feita aos deuses, pedindo o sucesso. E esse costume se reflete no versículo 18, pois, além do revestimento da armadura, Paulo nos recomenda fazê-lo com "toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito, e para isto vigiando com toda perseverança e súplica".

"Ficar firmes", no original, significa oferecer resistência, permanecer firme, dando a entender que o crente deve resistir aos assédios do mal, deve batalhar com êxito, buscando obter a vitória. Essa expressão indica a linguagem dos soldados: NÃO RECUAR JAMAIS! RECUAR? NUNCA!

Ao invés de fugir e declarando a derrota.

O meu desejo é que você possa ter visto a importância de pedir ao Senhor a armadura, crendo na posse para a sua batalha diária. E que você confie no poder de Deus fortalecendo-o.



segunda-feira, 27 de julho de 2009

O DIABO COMO GUIA TURISTICO (Mateus 4.3)

Há um guia turístico que não merece a menor confiança, este não é outro senão o diabo.

Ele mostra o que quer mostrar. O que é de seu interesse. O que lhe traz vantagem pessoal. O diabo sabe desconversar, sabe despistar, sabe desnortear. É até capaz de cegar “o entendimento dos incrédulos, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (2Co 4.4).

O enganador mostra a árvore do conhecimento do bem e do mal e aponta para o seu fruto, mas tira da memória a palavra anteriormente proferida por Deus, de que se o homem comesse aquele fruto certamente morreria (Gn 2.16-17; 3.1-7).

O enganador mostra a Davi, num relance, a esposa de um general do seu exército nuazinha, tomando banho, e desperta nele uma vontade incontrolável de se deitar com ela, mas esconde do pobre homem o grande sofrimento e o arrependimento que o rei teria em seguida (2Sm 11.1-12.25).

O enganador mostra ao jovem carente de juízo, a cama arrumada e perfumada da linda mulher adúltera cujo o marido está viajando, mas não deixa o rapaz saber que ele é “como o boi que vai para o matadouro” ou “como a corsa que corre para a rede até que a flecha lhe atravesse o coração” (Pv 7.1-27).

O enganador mostra o estranho prazer das compras, das possessões, das riquezas, mas oculta o vazio de tudo isto, a eterna mesmice da vida desligada de Deus e a vaidade de tudo (Ec 1.1-6.12).

O enganador mostra o argueiro que está no olho do outro, mas não deixa você ver a trave que está em seu próprio olho (Mt 7.3).

O enganador mostra a porta larga e o caminho espaçoso, a quantidade enorme de pessoas que entram por ela e a pesquisa de opinião pública que é favorável a esta via, de forma esmagadoramente contrária à porta estreita e ao caminho apertado, mas não revela que o caminho espaçoso conduz à perdição total e irreversível (Mt 7.13-14).

O enganador mostra que não compensa guardar puro o coração e lavar as mãos na inocência, porque os maus prosperam mais do que os bons, mas faz segredo da justiça de Deus que, se não galardoa o justo nesta vida, há de dar-lhe salvação eterna e galardão eterno (Sl 73 1-28).

O enganador é capaz de mostrar a glória dos reinos deste mundo (Mt 4.8) e esconder a glória de Jesus Cristo (2Co 4.4).

O enganador mostra a leve e momentânea tribulação a que estão sujeitos os seguidores de Jesus, mas nem sequer faz referência ao eterno peso de glória, acima de toda a comparação que lhes há de acompanhar (2Co 4.17).

O enganador mostra o poder de seus magos em transformar com ciências ocultas, varas em cobras, mas esconde a cena seguinte que mostra a vara de Arão devorando as varas deles (Êx 7.8-13).

O enganador mostra o Jesus desfigurado sem aparência nem formosura, desprezado e rejeitado por todo mundo (Is 53.2), montado num jumentinho, ridicularizado, pregado numa cruz entre dois criminosos e abandonado por seus discípulos, mas omite a rasgadura do véu do templo, o túmulo vazio, as aparições de Jesus com muitas provas incontestáveis, a sua ascensão e seu segundo advento “em grande poder e glória” (Mt 24.30).

O enganador pode até se dar ao luxo de mostrar a bondade de Deus com palavras encantadoras e exemplos históricos, mas não abre a boca para apresentar o outro lado da moeda, a severidade de Deus, no intuito de fazer desaparecer o temor do Senhor por meio do qual os homens evitam o mal (Rm 11.22; Pv 16.6).

Em sua peregrinação por este mundo, tome cuidado para não contratar o pior guia turístico de todos os tempos. Jesus mandou que ele se retirasse de sua frente.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

TENTAÇÃO E PROVAÇÃO

TENTAÇÃO:

1. É o impulso inicial que a pessoa sente para cometer pecados: Rm 7.18-19

2. Origem: satânica e carnal: Mt 4.1, Jo 13.2, Tg 1.14. “Tríplice batalha”: o diabo, o mundo e a carne. Leia Jo 8.44, 10.10, 1 Jo 2.15-17, Gl 5.17-21.

3. Visa sempre o mal, ou seja, tirar-nos da dependência de Deus: Mt 4.3-6, 8-9

4. Não é pecado em si (Jesus foi tentado): Hb 4.15

PROVAÇÃO:

1. É o exercício de disciplina e correção, para aperfeiçoamento da fé: 1 Pe 4.12

2. Origem divina: Gn 22.1, Hb 12.6-10

3. Visa fortalecer a fé: Tg. 1.2-4

4. A provação vem, quase sempre, através do sofrimento: 1 Pe 2.20

Pode ocorrer provação e tentação simultaneamente? Sim. Veja Jó. Deus permitiu a provação mas Satanás o quis derrubar de sua fidelidade ao Senhor: Jó 2.6-10.

A SEQUÊNCIA DA TENTAÇÃO NÃO RESISTIDA (Tg 1.13-15):

1. PENSAMENTO

2. IMAGINAÇÃO

3. DESEJO

4. DECISÃO

5. AÇÃO (pecado)

6. MORTE (separação de DeuS

A SEQUÊNCIA DA VITÓRIA NA PROVAÇÃO (Tg 1.2-4):

1. AFLIÇÕES

2. FÉ EM JESUS

3. PERSEVERANÇA

4. VITÓRIA

5. VIDA

6. AFLIÇÕES

COMO OBTER VITÓRIA SOBRE A TENTAÇÃO?

1. Afastando-nos das fontes da mesma: 1 Co 6.18, 2 Tm 2.22

2. Resistir á sua sedução: Tg 4.7

3. Vigiar e orar: Mt 26.41

4. Levar todo pensamento á obediência de Cristo: 2 Co 10.5

5. Andar no Espírito: Gl 5.16; apropriar-se, pela fé, dos recursos de Deus: 1 Co 10.13

6. Manter comunhão constante com os irmãos: Cl 3.16

7. Estar com a mente cheia da Palavra de Deus: Fp 4.8-9

8. Buscar a santidade do Senhor: 1 Ts 5.23-24; servindo-O e adorando-O: Sl 56.10-13

QUE FAZER, QUANDO CEDEMOS Á TENTAÇÃO?

1. Confessar e abandonar o pecado: Pv 28.13

2. Se houver outras pessoas envolvidas, precisamos acertar com elas: Mt 5.23-24

3. Confiar que o sangue de Jesus é suficiente para garantir o perdão e a purificação: 1 Jo 1.9

Não precisamos ficar carregando um fardo pesado dos pecados cometidos. Uma vez confessado o pecado, devemos nos apropriar do perdão oferecido por Deus através do sangue de Jesus e continuar a viver de tal maneira que Deus seja glorificado.

TENHA CORAGEM

> Se o povo é irrazoável, ilógico e egoísta, tenha coragem de amá-los mesmo assim.

> E se você tiver sucesso, você vai ganhar falsos amigos e verdadeiros inimigos. Tenha coragem de ter sucesso mesmo assim.

> E honestidade, franqueza e perdão vão torna-lo vulnerável, mas tenha coragem de ser honesto, franco e perdoador mesmo assim.

> O bem que você faz hoje, alguém vai lhe dizer que vai ser esquecido amanhã. Tenha coragem de fazer o bem mesmo assim.

> As maiores pessoas com as maiores idéias, podem ser derrotadas pelas menores pessoas com as menores idéias. Tenha coragem de pensar grande mesmo assim.

> Aquilo que você gasta anos construindo, pode ser destruído em um só instante, mas tenha coragem de construir mesmo assim.

> Em essência, tenha coragem de ser corajoso.

> UMA PALAVRA DE GRATIDÃO

> É muito comum, onde quer que estejamos, ouvir palavras de críticas, lamentos, desaforos e coisas assim. Parece que o ser humano é um eterno ingrato. Nada está bem, nada está bom. Está tudo ruim, está tudo bagunçado, está tudo perdido. As palavras "nada" e "tudo" são absolutas.

> Não conseguimos achar um meio termo. É aquela coisa de oito ou oitenta.

> Será que está tudo ruim mesmo? Será que nada está bom mesmo? Podemos agradecer a Deus por muitas coisas boas que ele tem feito por nós. Vejamos algumas delas:

> * Agradecer pela família, que não é perfeita, mas é a família que Deus nos deu e podemos ser felizes nessa família. por nossos amigos e amigas, que não são perfeitos, mas são pessoas que gostam de nós não porque nós temos alguma coisa ou porque podemos conseguir alguma coisa para elas.

> Vamos agradecer ainda a Deus por nossas vidas, saúde, dons e talentos.

> Nossa vocação, nosso ministério. São tantas coisas que Deus tem nos dado além do que merecemos ou precisamos.

> Eu, particularmente, agradeço a Deus por sua bondade, fidelidade, misericórdia, amor, carinho, compaixão, entendimento e amizades.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

CONHECENDO MELHOR AS ESCRITURAS

Quase todo mundo está com medo. Medo de que as previsões dos cientistas, religiosos e ecologistas se concretizem de uma vez. Por todos esses temores, faz sentido perder as esperanças? É razoável concluir que Deus não existe, que não há nada além daquilo que podemos ver e tocar?

Não, no meio de todo esse desespero, existe um livro cheio de esperança,pois oferece uma saída para o nosso dilema, pode trazer uma nova visão para você e sua família. É a Bíblia!

A Bíblia está cheia de esperança, por causa do Salvador que ela revela. Está cheia de esperança, porque a cruz do Calvário está no centro de tudo!

Todos podemos ler a Bíblia do começo ao fim. Entretanto, se quisermos descobrir o que a Bíblia ensina, devemos seguir o método de Jesus. "E, começando por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras." S. Lucas 24:27. Esse era Seu método de estudar a Bíblia, novidade? Não. No livro do profeta Isaías encontramos: "Porque é mandamento sobre mandamento; regra sobre regra; um pouco aqui, um pouco ali." Isaías 28:10.

O método seguro de estudar a Bíblia é deixá-la se explicar sozinha. Deus jamais quis que a verdade bíblica fosse descoberta pelo estudo de uma única passagem isolada de seu contexto. E jamais desejou que estudássemos a Bíblia apenas em nossa rotina religiosa. Em vez disso, devemos verificar nossas crenças e descobrir os ensinamentos claros das Escrituras.

Vamos conhecer melhor as Escrituras Sagradas:

Os primeiros cinco livros, chamados Pentateuco, foram escritos por Moisés, cerca de 1.500 anos antes de Jesus, e o último, o Apocalipse, escrito pelo apóstolo João, perto do ano 100 após Cristo. Portanto, aproximadamente 1.600 anos para a Bíblia ser escrita. Colaboraram na sua produção cerca de 40 autores. Achamos entre eles: reis, pescadores, legisladores, etc... Esses homens escreveram sobre praticamente toda espécie de assuntos: história, poesia, profecia, mas a despeito dessa diversidade de autores e de assuntos, o Livro tem unidade. Um autor não contradiz outro.

"Toda Escritura é inspirada por Deus,,. II Timóteo 3:16. "Sabendo, primeiramente, isto, que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto, homens falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo". II S. Pedro 1:20-21.

O Espírito Santo comunicou as mensagens de Deus a homens piedosos e moveu-os a transmitir essas mensagens pela palavra falada ou escrita. Cerca de 1.300 vezes encontramos nas Escrituras as expressões: "Ouvi a palavra do Senhor", "Ouvi a voz do Senhor, dizendo", "Veio a mim a palavra do Senhor". seguidas de mensagens à humanidade.

Dividem-se as Escrituras em Velho e Novo Testamento. O Velho Testamento contém 39 livros, e foi escrito em hebraico; o Novo Testamento, em grego, tem 27 livros. Para facilitar sua leitura, os tradutores dividiram os livros em capítulos (são os números maiores) e estes em versículos (numeração menor).

Evidências da Divina Inspiração das Escrituras:

a. A sua unidade. Embora produzidas por muitos autores, que viveram sob diferentes e variadas influências, nas Escrituras há unidade.

b. A sua harmonia com a Ciência. As Escrituras não são um tratado de ciências naturais, elas estão em harmonia com os fatos. Por exemplo, as Escrituras afirmam que houve um dilúvio universal. E quanto mais a Ciência estuda a crosta da Terra, fica mais evidente este acontecimento. Elas afirmam que em algum tempo do passado houve uma criação que resultou no mundo e nas coisas que nele há. E a despeito do tremendo avanço da Ciência no tempo atual, não há um só fato científico que contradiga esta afirmação da Bíblia. Com efeito, a verdadeira Ciência e as Escrituras devem sempre estar de acordo.

c. As suas profecias. Só Deus conhece o futuro. E na Bíblia encontramos profecias sobre cidades, povos e o futuro do mundo.

d. O seu poder transformador. Onde quer que as Escrituras sejam lidas e sua mensagem recebida, elas operam transformações. Ela transmite paz, segurança e esperança de um mundo melhor.

e. A sua autoridade. Foi o próprio Senhor Jesus que declarou: " A Tua Palavra é a verdade" João 17:17. Jesus baseou os Seus ensinos nas Escrituras. Citava-as constantemente. Por vezes fazia a pergunta: "Que está escrito na lei?" Lucas 10:26. "Nunca lestes nas Escrituras?" Mateus 21:42. "Não provém o vosso erro de não conhecerdes as Escrituras?" Marcos 12:24. Noutra ocasião Ele disse "Errais não conhecendo as Escrituras" Mateus 22:29. "A Escritura não pode falhar" João 10:35. O que ensinam as Escrituras?

Muitos temas são tratados nas Escrituras, mas, um de todos se destaca: A obra de Cristo em favor do homem. O específico objetivo do Livro é anunciar o amor de Deus, a manifestação do Seu Filho e tudo o que Ele Se propõe fazer pelo pecado.

"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo o que Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16.

Aquele que com espírito sincero e dócil estuda as Escrituras, procurando compreender as suas verdades, será levado em contato com seu Autor, pois Ele mesmo disse: "São elas que de Mim testificam". João 5:39, e não andará nas trevas do erro pois: "Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e luz para os meus caminhos". Salmos 119:105. Afirma o salmista.

Não há posição na vida, nem fase na experiência humana, para as quais as Escrituras não tenham valiosa instrução. O homem, criado para encontrar em Deus suas mais altas alegrias, em nada mais poderá achar aquilo que satisfaz os anelos do coração e sacia a fome e a sede da alma. Vivemos num mundo enfermo e do íntimo da alma clamamos: Cura-me Senhor! A estes diz o compassivo Salvador: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados e Eu vos aliviarei ... e achareis descanso para as vossas almas". Mateus 11:2830.

"Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós". I Pedro 5:7.

"Eis que estou convosco todos os dias, até à consumação do século". Mateus 28:20.

O apóstolo Paulo faz algumas recomendações para entender os ensinamentos da Bíblia: I Timóteo 4:13 - aplicar-se na leitura.

I Timóteo 4:15 - meditar em seus ensinos. I Timóteo 4:16 - ocupar-se com ela.

As palavras das Escrituras são palavras de Cristo. Crendo e praticando os ensinos do santo livro nós nos firmamos no Senhor. E desta maneira asseguramos o êxito presente e eterno de nossa vida, pois seremos levados ao contato com Cristo.Há certeza em cada uma das páginas da Bíblia porque é um livro cheio de esperança. Há esperança porque ela oferece uma saída para nosso dilema e nos revela o Salvador. Aproveite esta grande oportunidade para conhecê-lO!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O GRANDE JOVEM (I João 2.12-14)


O desejo de ser grande:

Na vida social.

Na vida econômica.

Na vida intelectual.

Na vida religiosa.

I – O GRANDE JOVEM É PURO

A. Pureza de Atos.

José do Egito:

Renuncia aos prazeres mundanos - 1 João 2:15-17

Inconformação com o mundo: Romanos 12:1-2

Verdadeiro cidadão do céu. Salmo 15

B. Pureza de Intenções.

Daniel:

Pensamentos. Salmo 139

Sentimentos.

Desejos.

C. Pureza de Vida.

Coração segundo o coração de Deus.

Alma em sintonia com o trono da graça

"Bem-aventurado os limpos de coração

II – HUMILDADE – GRANDE JOVEM É HUMILDE

Fonte de Humildade:

Reverência ante a grandeza do Universo que nos certa e ante a glória de Deus a querer adorarmos.

Reconhecimento de nossas insignificância individual.

Exemplos de Homens Ilustres que foram Humildes

Issac Newton: "Se vi mais longe foi porque subi nos ombros de gigante".

William Carey: Pai das Missões Modernas.

Traduziu em 40 línguas e dialetos a Bíblia para a Ásia Central, China e Índia.

Primeira tipografia organizada na Índia.

O primeiro esforço na educação de meninas e mulheres na Índia.

A primeira missão médica.

A primeira sociedade para a agricultura na Índia.

A primeira Caixa Econômica.

A inscrição de sua sepultura:

"William Carey, nascido em 17 de agosto de 1761, morto em 09 de junho de 1834, um verme miserável, pobre, desamparado. Em teus braços bondosos eu caio".

III – O GRANDE JOVEM AMA

A. Ama em qualquer circunstância – William Booth

B. Ama fazendo o impossível – Sophie Muller.

Ama a todos como a si mesmo.

CONCLUSÃO

"Tudo isso é o grande jovem porque ele é como o sol – esse astro assaz poderoso para sustentar um sistema planetário e assaz delicado para beijar uma pétala de flor. O Grande jovem é mais de que ninguém, imagem e semelhança de Deus".